Prostata, exames brasileiro apresentam bons resultados

Um estudo liderado por um médico brasileiro apresentou bons resultados no tratamento de câncer de próstata avançado ao usar um tratamento hormonal que não diminui a testosterona nos pacientes com a doença. Liderado pelo oncologista Fernando Maluf, diretor médico associado do Centro Oncológico da BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e coordenada pelo Grupo Latino Americano de Pesquisa em Oncologia 

Atualmente, os pacientes que sofrem com o câncer de próstata avançado têm poucas opções de tratamento. O mais convencional provoca diminuição da testosterona — o que acaba, por consequência, aumentando as chances de impotência, perda da libido e ainda redução de massa óssea e muscular, entre outras complicações. Os pesquisadores testaram, então, uma opção de terapia hormonal com medicamentos que não reduzem a testosterona. "Usamos inibidores de sinalização de andrógenos (apalutamida e abiraterona) que podem fornecer alta eficácia, com um perfil de segurança favorável e efeitos colaterais menores", explica o médico. Essa combinação provocou respostas importantes de PSA, substância... produzida pela glândula prostática, e evita a progressão radiológica do paciente. No entanto, apenas o uso da apalutamina causou um aumento da testosterona ao invés da queda, tornando-se um resultado com prospecto. "Esse estudo mostra que novas terapias podem substituir a castração", afirma o médico brasileiro. O próximo passo, segundo ele, é realizar uma pesquisa com um número maior de pacientes para confirmar esses dados. "Caso se confirme, pela primeira vez a castração poderá ser substituída por medicamentos hormonais que não diminuem o nível de testosterona, revelando um grande avanço na área oncológica", finaliza o especialista. 

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