Sexo Oral, veja doencas transmissiveis
Quem faz sexo oral no parceiro desprotegido corre mais riscos de pegar IST, uma vez que se expõe ao sêmen ou fluído vaginal, mas isso não quer dizer que quem recebe não corra risco. Se o parceiro tem herpes labial ou gonorreia, por exemplo, tanto quem faz quanto quem recebe o carinho pode transmitir ou se contaminar. De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de contrair infecções aumenta com a presença de ferimentos na boca, como gengivites, aftas ou machucados causados pela escova de dente. Caso não haja nenhum cortezinho, o perigo é menor
Sífilis
Caracteriza-se pelo surgimento de lesões, primeiramente nos órgãos genitais, e depois em todo o corpo. Porém, é possível ter a doença de forma assintomática. Ou seja, a pessoa tem a bactéria no organismo, mas o problema não se manifesta. E mesmo assim ele pode ser transmitir. "O contágio por sexo oral é comum. Não é preciso ter lesão ou ferida na boca e, inclusive, é possível pegar sífilis até em pele íntegra, como na mão, no braço, no pescoço ou na boca, caso a bactéria esteja ali e exista contato", diz Vasconcelos. Segundo o infectologista, a ejaculação aumenta o risco de transmissão, por despejar uma quantidade maior de bactérias na boca de quem está fazendo o sexo oralTanto quem recebe quanto quem faz pode contrair a sífilis, que pode levar a complicações cardiovasculares e nervosas
Gonorreia
Provoca a inflamação do canal urinário e pode se alastrar para outros órgãos. Costuma ter sintomas, mas quando há infecção no trato genital feminino por gonorreia é mais frequente ser assintomático. E mulheres que tiveram a doença sem sintomas podem ter dificuldades para engravidar. Existe transmissão por sexo oral para os dois envolvidos no ato. O contato com a ejaculação ou secreção é mais infectante, mas pode ser transmitida apenas pelo contato, mesmo sem lesões
Herpes O herpes caracteriza-se pelo surgimento de pequenas lesões dolorosas, podendo ser na genital ou na boca. "Nós falávamos que o herpes tipo 1 era oral e tipo 2 genital, mas com o sexo oral sem proteção pode acontecer uma troca: ter tipo 2 na cavidade oral", explica David Salomão, infectologista do Hospital Albert Einstein. A doença pode ser transmitida só de encostar a ferida na pele, podendo ser no beijo e no sexo oral --tanto quem faz quanto quem recebe pode se contaminar
HPV
Quem faz sexo oral no parceiro desprotegido corre mais riscos de pegar IST, uma vez que se expõe ao sêmen ou fluido vaginal. O HPV é uma infecção sexualmente transmissível e ataca, especialmente, as mucosas (oral, genital ou anal), tanto nas mulheres como nos homens. De 30% a 40% dos infectados têm evidências físicas, como uma verruga, da doença. Caso a pessoa esteja com essa lesão primária, ela possui uma alta carga viral e no sexo oral, só pela fricção, já transmite o micro-organismo --não importa se você está praticando ou recebendo o carinho
Clamídia
Provoca inflamação nos canais genitais e urinários, e pode causar infertilidade. "Tem paciente que tem clamídia e não nota, pois os sintomas podem ser brandos. Aí, como desconhece que está com a doença, a pessoa transmite para o parceiro em sexo desprotegido", diz Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz. Pode ser transmitida durante o sexo oral para ambos os participantes, mas o contato com o esperma eleva os riscos
HIV
Ainda é um pouco nebuloso confirmar que o HIV é transmitido em sexo oral. Mas nenhum trabalho científico provou com segurança que o vírus não está presente na secreção peniana. "Se você fizer sexo oral sem preservativo, não há comprovação de que não haverá contágio. O mais seguro é evitar", diz Muarrek. A Aids provoca a baixa imunidade do organismo, deixando a pessoa suscetível a outras infecções, e pode levar à morte
Hepatite A , B e C
Cada hepatite tem o seu modo de operação. A hepatite B é uma doença do fígado causada pelo vírus VHB. A transmissão se dá principalmente pelo contato sexual com uma pessoa infectada, seja pelo sêmen, seja pela secreção anal ou vaginal. O vírus da hepatite A pode ser transmitido a partir de qualquer atividade sexual com uma pessoa infectada. Apesar de não ser comum, a hepatite C também pode passar contato sexual. No entanto, sua via de transmissão mais comum é por meio do contato com sangue contaminado, que costuma ocorrer principalmente no compartilhamento de agulhas e seringas, mas também pode acontecer em alicates de unhas não esterilizados, por exemplo
É simples: se proteja. O site do departamento de Vigilância, Prevenção e Controle de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde afirma que o uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão de IST"Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST", alerta a publicação